30 novembro 2006

Este vale a pena ler!

Estava eu a chegar a casa, estacionei o carro à pressa porque esta aflitíssima para fazer xixi. Como andava com o carro cheio de lixo há dias, resolvi pegar num saco para lá perdido e enchê-lo com os talões de gasolina, as caixas de pastilhas vazias, papeis de bollycaos, uma lata de sumol de ananás, garrafas de água, etc. Corri então para o caixote do lixo mais próximo e pus tudo lá dentro. O saco não cabia na reentrância do caixote (daqueles pequenos verdes, colados aos postes dos candeeiros) ainda pensei ir pô-lo ao contentor, mas era tão longe...e a vontade apertava, dei uns murros no saco e aquilo lá entrou.
Corri então para a porta marquei o código, corri para o elevador e lá cheguei a casa. Uns minutos mais tarde já depois de estar sentada ao computador, deparei-me com uma anomalia no meu blog e resolvi mandar uma mensagem a uma amigo para me ajudar. Não encontrei o telémovel. "deve ter ficado no carro" pensei, desci então, fui ao carro e... Nada. "Devo ter visto mal na mala", voltei pra cima. Liguei do telémovel da minha mãe e nada, nem o ouvia vibrar nem tocar. Resolvi descer de novo e telefonar dentro do carro para ver se o ouvia. Nada.
De repente...Lembrei-me:
O saco.
O lixo.
O TELÉMOOOOVEL!!!!!
Temendo a figura ridícula que iria fazer ao ir remexer no caixote do lixo, pensei, "vou-me pôr aqui ao pé do caixote DISCRETAMENTE e telefonar. Se o caixote tocar ou vibrar o dito cujo está dentro". Foi o que fiz. Liguei, encostei a mão e o caixote verde lá começou a vibrar.
Veio então a parte pior. Abrir o caixote e tentar encontrar o meu saco com o meu querido e assustado telefone lá dentro. Esperei que não passasse ninguém e rezei para que o rapaz que tava na paragem de autocarro não pensasse que eu era uma mendiga bem vestida.
Lá o tirei. O rapaz olhou com um ar indignado.
Agradeci então a Deus não me ter deixado meia hora antes dirigir-me ao contentor (daqueles que são subterrâneos impossiveis de alcançar) e lá me vim embora.
E foi assim o dia em que deitei o meu telémovel para o lixo.

5 comentários:

Unknown disse...

A relação entre as mulheres, os carros e as coisas que se compram na bomba à noite é sempre uma coisa complicada, não sei se é uma classse urbana específica ou se são todas um bocado assim. Quando mete procura do telemóvel ou outra coisa qualquer, então, é uma tragédia grega; porque se a mala já é um buraco negro, uma nuvem anti-matéria celeste, onde as coisas parecem entrar e evaporar-se; muito mais o é o carro, um universo de "perdição". Isso que te aconteceu, podia-te ter acontecido com a chave do carro, a carteira, qualquer coisa! E sim "o pequeno e assustado" telemóvel, só podia ser de uma de vós. Mas que piada tinha o mundo se houvessem só homens? E foi assim que uma vez deitaste o telemóvel para o lixo...

Patricia disse...

hehehe! grande joaquim! só tu pra fazeres um comentário assim. beijinhos :)

Anónimo disse...

loooooool Esta ainda não sabia! =D As coisas q podem acontecer... Mas, do mal o menos, ainda bem q estavas aflitinha :) E se tivesse ido lá outro mendigo (daqueles menos bem vestidos)? Agora dá p rir mas imagino a tua aflição na altura! Fica mais uma história p contar aos netos :) Só tenho pena de não ter estado lá p assistir ***

Anónimo disse...

Realmente...Deus ma livre!!!...ele ha coisas que só te acontecem mesmo a ti.Como é que é possivel....lolol...

Nuno disse...

Mas que tarde tão engraçada que deve ter sido. É verdade, depois disto já podes ir para a Valorsul... ajudar a fazer a separação dos materiais recicláveis. É tudo uma questão de hábito, e pelos vistos já tens alguma experiência no que respeita à separação de resíduos... :P
Saudações Ambientais!!!