30 janeiro 2007

Mulheres-Maçãs

Andava eu a pesquisar sobre o mercado das maçãs… pois andamos a fazer a publicidade das maçãs de Alcobaça, quando dou de caras com esta maravilhosa pérola:

Mulheres-Maçãs

"As mulheres são como maçãs em árvores. As melhores estão no topo. Os homens não querem alcançar essas boas porque têm medo de cair e magoar-se. Preferem pegar nas maçãs podres que ficam no chão, que não são boas como as do topo, mas são fáceis de conseguir e apanhar. Assim, as maçãs no topo pensam que algo está errado com elas, quando na verdade, eles é que estão errados. Elas têm que esperar um pouco para o homem certo chegar, aquele que é valente o bastante para escalar até o topo da árvore."

Verdadeiro génio o homem, ou (mais logicamente) a mulher que escreveu isto. A partir de hoje, permitam-me, sou a Patrícia Maçã DE TOPO!!!!

Está de facto..

Muito frio! e eu não gosto de frio. Não haverá no mundo pessoa mais friorenta que eu! Por mim nestes dias hibernavava como os hamsters. Ficava enroladinha no algodão e só saía para comer sementes!
Como não sou um hamster, ficava debaixo do meu edredon, a dormir o dia todo! TODO! Era o que me apetecia hoje. Mas não dá... e como o que tem de ser tem muita força, aqui estou eu a trabalhar o dia TODO, por uns miseros euros ao fim do mês. Mas não haverá por aí um príncipe montado num cavalo branco que me venha raptar aqui à janela e me leve para as Maldivas??? É que dava um certo jeito. Se por acaso aparecer, ele que passe lá em casa, me traga os bikinis e o protector solar, e que apareça por aqui.

Um bom dia de trabalho a MIM!!!! :)

PS- o passaporte está na gaveta da secretária, segunda acho!

29 janeiro 2007

Amizade

Tento encontrar as palavras para tentar descrever o que se sente quando um amigo nos escreve um poema! Haverá algum orgulho maior que este? Dificilmente! Tudo o que ele escreve é sempre bonito, mas este para mim é o mais lindo de todos. É meu! Pedi autorização para publicá-lo aqui, e ele a muito custo lá me deu autorização. Sei que um dia ainda vou à sessão de autógrafos de um livro teu! Sei que sim! aqui está então... um poema do melhor jornalista de Lisboa e arredores, feito para mim... que orgulho, que orgulho...! que posso eu dizer?

Obrigada Ricardo.
Pela tua amizade, pelas tua palavras sempre tão certas. Por me fazeres ver as coisas de forma lúcida e racional. E por me fazeres sempre rir as gargalhadas, mesmo quando as ciscunstâncias da vida não o permitem.


Perdida


Encontrei-te
Deambulavas sozinha na rua
Hoje já menos perdida
A mágoa está quase esquecida
E o sorriso já envergonha a lua

Por onde andaste?
Perguntei sabendo a resposta
Bem te via de olhos no chão
Em busca de fragmentos do coração
Que teima em não escolher de quem gosta

-Por caminhos que quero esquecer
Como já esqueci quem amei
Vivo os dias para mim
Espero quem me ame assim
Na certeza de que hoje “voltei” !


Ricardo Batista

26 janeiro 2007

Mandaram-me isto!! :D

E a vida é bela....

Pede-se às pessoas que preencherem os requisitos dos pontos 5, 6 e 7 o favor de contactar a proprietária do blog.

Ora aqui vai uma dose extra de de vitaminas para o ego! acho que vou colar isto no tecto, em tamanho gigante, para ler todos os dias quando acordar.

E pronto, durante os 30 segundos em que estive a ler isto, fui uma mulher feliz! :)

1. Existem pelo menos cinco pessoas neste mundo te adoram.
2. Pelo menos 15 pessoas gostam de ti de qualquer maneira.
3. A única razão pela qual alguém te poderia odiar, era por que querer ser igual a ti. Mas é impossível... és única...!
4. Se alguém, por qualquer razão, não conseguir dar-te um sorriso, dá-lhe o teu porque pode fazer qualquer pessoa feliz.
5. Todas as noites, antes de dormir, alguém pensa em ti...
6. E tu és o mundo de alguém.
7. Alguém precisa de ti para viver...
8. Tu és especial e única, à tua maneira.
9. Alguém que tu nem sabes que existe, adora-te.
10. Mesmo quando cometeres o pior dos erros, algo bom resultara daí.
11. Quando pensares que todas as portas se fecharam e que não há saída, pensa bem: se calhar tu é que tens a chave para abri-las.
12. Quando pensares que não tens a mínima hipótese de conseguires o que queres, mesmo que não consigas, acredita em ti mesma e tudo o que desejares, mais cedo ou mais tarde tornar-se-á realidade.
13. Aceita os teus defeitos e as críticas, esquece os insultos, e lembra-te somente dos elogios... =)
14. Sê honesta se espera que sejam honestos contigo!
15. Há três coisas que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida...

25 janeiro 2007

A vinhas da Ira

"...Para a mulher, tudo corre sem parar, que nem um rio; cheio de redemoinhos, turbilhões e pequenas cascatas, mas correndo sem parar. É assim que a mulher encara a vida. A mulher não se entrega, a mulher continua... muda, talvez, um pouco, mas continua sempre firme."
John Steinbeck

23 janeiro 2007

Babel


Um filme GRANDE este. A dimensão humana levada ao extremo. São 3 horas num turbilhão de sentimentos. Angústia, constrangimento e choque. Um filme que nos faz PARAR para PENSAR o mundo. Absolutamente obrigatório para quem ainda não viu. E para quem já viu, obrigatório rever.

21 janeiro 2007

Beautifully stated

As we grow up, we learn that even the one person that wasn't supposed to ever let you down probably will.
You will have your heart broken probably more than once and it's harder every time.
You'll break hearts too, so remember how it felt when yours was broken.
You'll fight with your best friend. You'll blame a new love for things an old one did.
You'll cry because time is passing too fast, and you'll eventually lose someone you love.
So take too many pictures, laugh too much, and love like you've never been hurt because every sixty seconds you spend upset is a minute of happiness you'll never get back.
Don't be afraid that your life will end, be afraid that it will never begin.
anonymous
(Obrigada Francisco pelo texto. In english, só podia vir do meu amigo mais internacional! :P beijinhos pilot)

17 janeiro 2007

A uma(s) rapariga(s)

Abre os olhos e encara a vida! A sina
Tem que cumprir-se! Alarga os horizontes!
Por sobre lamaçais alteia pontes
Com tuas mãos preciosas de menina.

Nessa estrada de vida que fascina
Caminha sempre em frente, além dos montes!
Morde os frutos a rir! Bebe nas fontes!
Beija aqueles que a sorte te destina!

Trata por tu a mais longínqua estrela,
Escava com as mãos a própria cova
E depois, a sorrir, deita-te nela!

Que as mãos da terra façam, com amor,
Da graça do teu corpo, esguia e nova,
Surgir à luz a haste de uma flor!...

Florbela Espanca

(Vá miudas,toca a levantar essas cabeças!!! que o mundo não pára! e no mar profundo de segredos e histórias que é o coração de uma mlher, há sempre uma força oculta capaz de mudar o mundo. É só preciso acreditar. Ah.. e não acreditar nos Homens também, mas isso já sou eu a divagar hehe.) Força!

PRECISO!!!

15 janeiro 2007

you... (parte II)

Passou-se um mês desde que escrevi o post "you...". Hoje peço a todos os que por aqui passam assíduamente, que deixem este post sem comentários. Nas palavras dos outros encontramos as nossas, e é o que se passa com este texto. Fica aqui...para o guardares junto de todas as coisas que se disseram e ficaram por dizer... como tudo na vida!


"O que eu quero mesmo é que sejas feliz. Não sei se sabes, talvez não tenhas tido tempo para perceber que para mim sempre foi e será isso o mais importante, mesmo que a vida te leve para outros caminhos e que sem sequer voltes a cruzar-te comigo.Não tivemos tempo para nada, o tempo é um ladrão, mas tu és um ladrão ainda mais esperto, porque roubas tempo ao tempo e foi assim que entraste a saíste da minha vida como um furacão, chamei-te El Niño e tu riste-te com a tristeza das crianças quando estão cansadas, e eu agora vou assistindo a cada dia que passa ao crescimento de um fosso imenso entre nós, apesar de todo o amor que sentimos um pelo outro. Já reparaste que este verbo conjugado nesta pessoa é igualzinho no passado e no presente? Mas isso agora não interessa, porque nem tu o queres conjugar em nenhum tempo nem modo, nem eu espero que o faças.Há alguns anos que aprendi a amar assim e sei que as pessoas que partem são aquelas que amo e que por isso tenho de as deixar ir, mesmo que isso me deixe vazia e cansada. Aprendi a deixar partir as pessoas porque sei que nascemos e morremos sozinhos, que tudo o que é realmente importante na vida descobre-se e aprende-se na solidão. E que por mais que te ame e te queira proteger com os meus braços de mãe, sei que é inútil e que só tu podes crescer e descobrir o que é mesmo importante para ti.Mas custa-me, meu pequeno e irrequieto furacão, custa-me ver-te cada vez mais cansado e desligado do mundo, como se não tivesses força para viver a tua vida e te alienasses num código de conduta que achas que é o melhor para deixar toda a gente contente, sem teres que pensar em ti. É que é muito mais fácil esqueceres quem foste do que tu julgas. E se habituares a viver assim, os anos vão passar a correr e quando olhares para trás, verás que aquela vida não foi a tua, foi só a que tu pensaste que era mais fácil ter. Mas não adianta falar, não adianta explicar-te o que já esqueci e que ainda não conheces, porque o que eu quero mesmo é que sejas feliz.Apesar de tudo, há um truque que te posso ensinar e como tu és como eu, também tens um coração do tamanho do mundo só que ainda está adormecido, por isso talvez isto te ajude. Só há uma maneira de uma pessoa ser mesmo feliz, sabes qual é?Não tem a ver nem com o dinheiro, nem com o sucesso, nem com a fama, nem com a realização dos nossos sonhos. Aprende-se com o tempo e descobre-se com a vida. Pratica-se todos os dias como quem reza e às vezes custa mas vale a pena. É o truque mais difícil do mundo para quem nunca o recebeu e mais fácil para quem já o teve. O truque é fazer feliz a quem se ama, como dizia o João Gilberto. O mesmo que dizia que o amor é a coisa mais triste quando se desfaz. Mas isso faz parte da vida, como a morte, como a falta de sorte, como a falta de tempo, como o medo e a vontade, como tu e como eu.E o nosso amor, aquele que o tempo, ou a vida, ou o medo, ou a falta de sorte não deixam construir, está guardado para sempre. Talvez um dia sirva para alguma coisa, para fazer feliz alguém, como eu já te fiz a ti e tu a mim, num tempo fora de todos os tempos em que eras tu que estavas comigo e não uma imagem à tua semelhança que inventaste para enganar o tempo e o mundo.Quando quiseres descansar e olhar para dentro, verás que não é assim tão difícil. Como tudo o resto, é só querer." ~~~~Dropa~~~~

12 janeiro 2007

O tempo que for preciso

“O tempo está para o amor como o vento para os incêndios; apaga os fracos e ateia os mais fortes. É uma espécie de teste, uma prova cega, uma forma inequívoca de clarificar a essência daquilo a que tantas vezes queremos chamar amor e que ainda não é mais do que o minúsculo embrião de futuro incerto e tantas vezes improvável.
O tempo está para o amor como o vento para os incêndios. Alastra repentinamente, traiçoeiro e sem aviso, vai para lugares onde nunca pensamos que pudesse sequer chegar, faz-nos temer, sofrer, rezar, dá-nos vontade de lutar para o combater, porque não sabemos para onde vamos, o que queremos nem se seremos o mesmos depois do fim... e por isso receamos o fim mesmo antes do princípio, imaginamos cenários apocalípticos para proteger o coração cansado e errante que não quer ainda, apesar de tudo, parar para pensar ou escolher um lugar.
O tempo está para o amor como está para tudo o resto na vida. É o tempo que nos dá maturidade, que nos ensina a distinguir o que é urgente daquilo que é mesmo importante, que nos mostra onde estão os verdadeiros amigos, que nos dita quais os princípios pelos quais nos regemos e como devemos lidar com as nossas fraquezas. O tempo ensina-nos a viver com os nossos defeitos e a respeitar as diferenças dos outros. Dá-nos sabedoria, tolerância, paciência, distância, objectividade, clareza mental. Afasta as dúvidas e as hesitações. Poupa-nos de decepções e enganos. Abre-nos os olhos quando somos os únicos a não ver. E dá-nos força para continuar, mesmo que o amor seja uma ausência, uma perda, uma falta, uma desilusão.
Mas o amor está para o tempo como uma vela acesa numa noite de luar. O amor é trémulo, impaciente, frágil, volúvel, fraco, fácil de acender.
Tantas vezes se consome a si próprio, tantas vezes é fácil de apagar, para depois se reacender, voltar a vacilar, incerto e inseguro, quente mas efémero, forte mas falível, romântico mas tantas vezes superficial...
O amor abre o coração, desprotege os espírito, acorda o corpo e aquece a alma. Pode nascer de um olhar mais longo, de uma conversa à mesa, de uma passeio à beira-mar, da simples passagem da palma de uma mão por uma cintura desprevenida. Não tem regras, nem tempo, nem cores, porque não tem limites, nem compassos nem contornos. Por isso é que quando nos apaixonamos enchemos páginas inúteis com os defeitos e qualidades do nosso amado sem chegarmos a nenhuma conclusão. E ao vermos nele alguns defeitos que tanto abominamos, condescendemos, abreviamos, contemporizamos e deixamos passar. Porque o verdadeiro amor é aquele que resiste ao tempo, sobrevive às dúvidas, emerge do medo e aprende a dominá-lo.
Amar é outra coisa. É dar sem pensar, é sonhar o dia todo acordado e dormir sem nunca adormecer, é galgar distâncias com agilidade e destreza, é viajar sem sair de casa, escolher livros e programar surpresas, namorar o telefone à espera que ele toque, acordar depois de duas horas de sono com cara de bébé, sentir que somos invencíveis e que a perfeição está tão perto e é tão fácil, que a morte já podia chegar, sem termos medo de perder a vida.
O verdadeiro amor é absoluto, indestrutível, estóico, infléxivel na sua essência e tolerante na sua vivência, discreto, sóbrio, contido, reservado, escondido, recatado, amadurecido, desejado, incondicional, amargurado, sagrado, sobressaltado. O verdadeiro amor é dedicado, bom ouvinte, cúmplice, fiel sem ser servil, atento sem se impor, carinhoso sem cobrar, atencioso sem sufocar e muito, muito cuidadoso para nunca se perder, se estragar, se esquecer ou desvirtuar. O segredo está no tempero, na moderação, nas palavras que nunca se chegam a dizer, nas conversas perdidas à beira rio, no olhar que fica no ar, no tempo que é preciso para que cresça, amadureça e deixe de meter medo. É preciso dar tempo ao amor, um tempo sem tempo, sem datas nem prazos, sem exigências nem queixas, porque o amor leva o tempo que for preciso.”

08 janeiro 2007

Queria...

Queria entrar naquela história da casinha de chocolate, aquela em que Hansel e Gretel deixam migalhinhas no caminho, quando o pai os leva para o meio do bosque. Queria ter deixado migalhinhas no meu caminho para saber como volto agora para trás? Não sei o caminho de volta, perdi-me.. Devia ter deixado umas migalhas no chão.. mas na altura tinha muita pressa de chegar ao destino, muita pressa de viver, sentir...e acabei por não me prevenir. Agora só me resta encontrar outro caminho... mas ainda está escuro.. e tenho medo de me perder outra vez. Vou esperar que amanheça!

04 janeiro 2007

Para o Ricardo

Ela estava triste.
Ele olhava para ela a comer a tarte de chocolate com um misto de tristeza e prazer de pelo menos isso a satisfazer.
Sairam do trabalho e partiram em busca de um livro que lhes desse uma explicação para o inexplicável que é a vida.
Na fnac do colombo não havia.
Partiram para a do Chiado.
Ela tinha fome.
Ele está de dieta e ficou a vê-la comer.
Ela falava de todos os defeitos que queria ver na pessoa que já amava e que tinha perdido um dia antes.
Todos os defeitos eram possíveis naquele momento
desde que a fizessem sentir-se menos pequena, menos triste... menos sozinha
Então começou a enumerá-los.
Eram vários... tentou inventar alguns
o feitio
a vaidade
o nariz torto...
fosse o que fosse
afinal para ela... tudo nele era perfeito
ele continuava a ouvi-la
e a vê-la a comer a tarte de chocolate
depois de não encontrar mais nenhum defeito
ele olhou-a nos olhos
e disse:
ele só tem um defeito:
Deixou-te.
ela engoliu em seco
e sentiu...
que naquele momento tinha voltado a respirar
Há 24 horas que não respirava, que se sentia presa... asfixiada.
naquele momento
respirou
sentiu-se aliviada
e pensou
que não há nada no mundo que valha tanto
nem que se compare à nobreza de um amigo que nos faz voltar a respirar
que a fez acreditar que afinal ela não era assim tão pequena
que não tinha sido ela a perder
mas sim ele
E lá partiram eles em busca do livro
e em busca de muitas gargalhadas que só os amigos... sabem partilhar.

Hoje...

"E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."


Miguel Sousa Tavares