30 novembro 2007

já que ando numa de poemas...

Devia ser sempre assim. A Amizade é incondicional. O amor passa. A paixão passa. A amizade...essa permanece, ou devia permanecer sempre. Hoje descobri que nem sempre é assim. Que os amigos que achamos que vieram para ficar, um dia vão... sem explicação... nem razão aparente. E isso doi mais e mais fundo do que qualquer desgosto de amor. Hoje tive a certeza que perdi um amigo.

Fica o poema... que me fez pensar, no verdadeiro sentido da palavra Amizade.

Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.

Pode ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer,
Um de outro se há-de lembrar.

Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.

Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.

Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente.
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.

Há duas formas para viver a sua vida:
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre

Albert Einstein

29 novembro 2007

Inconstância




Procurei o amor, que me mentiu.

Pedi à Vida mais do que ela dava;

Eterna sonhadora edificava

Meu castelo de luz que me caiu!


Tanto clarão nas trevas refulgiu,

E tanto beijo a boca me queimava!

E era o sol que os longes deslumbrava

Igual a tanto sol que me fugiu!


Passei a vida a amar e a esquecer...

Atrás do sol dum dia outro a aquecer

As brumas dos atalhos por onde ando...


E este amor que assim me vai fugindo

É igual a outro amor que vai surgindo,

Que há-de partir também... nem eu sei quando...


Florbela Espanca

25 novembro 2007

Everyone wants to be found

É esta a frase que publicita o filme da minha vida.
Ainda nenhum outro o conseguiu superar. Lost in translation é arrebatador, simples e transparente. É o retrato perfeito de uma sociedade confusa em que os relacionamentos acontecem por conveniência, onde não há espaço para os pequenos nadas. Os pequenos nadas que fazem deste filme o mais profundo,denso e mais completo que alguma vez vi. Está lá tudo. Basta ouvir e sentir com atenção.
Banda sonora perfeita.
Um dia vou a Tóquio.
Hoje... sento-me no parapeito da janela de um qualquer hotel em Tóquio, e tal como a personagem, sinto-me assim... perdida, sozinha, e num lugar estranho.

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Nota: Ja escrevi demais por estes dias. Vamos dar um descanso a este espaço e a mim mesma.


24 novembro 2007

O fim do que nunca começa

Pode haver um final quando não existe um princípio?
Na escola ensinavam-nos que uma frase deve ter princípio meio e fim.
Deve ser lógica, ter sequência.
No entanto acredito no princípio do fim. Esse sim existe.
A minha história, mais uma vez, não tem principio, não tem lógica, e a sequência é confusa… mas tem fim.

Desligo o telefone. Do outro lado diz-me –“tenho que desligar, estou a entrar no restaurante, vou jantar com uns amigos”.
Os homens têm a infinita necessidade de se explicar. Isso retira-lhes o peso insuportável da culpa, da consciência pesada.
Porque não: “tenho que desligar” e ponto final?
Não… ele está a entrar no restaurante (pormenor extremamente importante). E mais: vai ter com os amigos (pormenor másculo de salientar).
E pronto, desta forma pretendem que fiquemos informadas que são seres socialmente activos, e que não precisam das mulheres para nada.

No outro dia falava com uma amiga que está a passar uma fase muito difícil, depois do fim de uma relação de muitos anos (aquelas que têm principio, meio e fim). E eu dizia-lhe, do alto da minha experiência de relações frustradas, que custa sempre muito, que o mundo desaba em cima de nós, que os dias querem ser passados debaixo do edredon sem ver ninguém, que as lágrimas formam rios em redor da cama, que nunca mais vai haver um outro que nos faça sentir assim… etc... mas o que é certo (e isto é mesmo certo) é que há um dia em que se dá o CLIC… Acordamos… e tudo mudou. A dor no peito desapareceu, a angústia dissipa-se, a vontade voltou e tudo recomeça, invariavelmente, outra vez. Porquê? Porque sim. Porque no fundo somos todos iguais. Porque tudo se relativiza. Porque a vida é demasiado preciosa e e cheia de cores para nos perdermos pelo caminho, apenas porque houve um filho da puta qualquer que não soube ver a pessoa maravilhosa que somos (nestas coisas TEM MESMO QUE HAVER FALTA DE MODÉSTIA). Porque tudo se renova, porque haverá algures alguém... um dia... (esperemos) que nos vai fazer de novo acreditar. Que vai olhar para nós e querer correr o mundo connosco. Que vai sorrir quando nos abraçar, que vai dizer até amanhã, com vontade de ficar... o resto? o resto não interessa.

E assim recomeçamos.
Para mim hoje começou tudo de novo. Depois de 2 dias de cama, com uma crise de estômago que não me deixava fazer mais nada a não ser pensar, resolvi organizar a cabeça e o coração, resumir os últimos 3 meses e resolvi resolver a minha vida (passo a redundância).

E assim me vou embora. Sem olhar para trás. (regra Nº1: nunca olhar para trás)
Já chorei tudo, já me perguntei 254 vezes “porquê eu?”, por isso já posso seguir em frente.
A única coisa que acabamos sempre por lamentar nisto tudo, é tornarmo-nos cada vez mais frias, desacreditadas, arrogantes.
Mas ninguém disse que era fácil. E quando o fim vem antes do início mais difícil se torna.

Na minha agenda de 2003 encontrei um pensamento, retirado da parede de um bar, algures no Algarve que dizia assim:

“Amo a liberdade, por isso todas as coisas que amo deixo-as livres; se um dia voltarem foi porque as conquistei, se não voltarem, foi porque nunca as possuí”

Não sei o autor… mas não interessa o que realmente importa está neste post em itálico.

23 novembro 2007

E assim se vai vivendo... e aprendendo!

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"não quero nunca renunciar à liberdade deliciosa de me enganar"
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Che guevara

21 novembro 2007

20 novembro 2007

Eu (irritada) e ele (encolhido)

Eu: Tens que perceber que tenho que seguir o meu caminho. Isto não é para mim...
Ele: Mas posso andar no caminho logo ao lado?

NÃO , NÃO PODES.
O "MAIS OU MENOS" NÃO CONTA!
O CAMINHO OU É O MESMO, OU NÃO É!
QUE CHATICE.

13 novembro 2007

O "Sr Talvez"


(este está muito bom)


"O ‘Senhor Talvez’ está interessado, mas não apaixonado. O ‘Senhor Talvez’ gosta de nós, mas nem tanto. O ‘Senhor Talvez’ até é bom rapaz. Mas infelizmente, não o suficiente. O que o torna muito maçador.Num universo ideal em que as mulheres poderiam fazer justiça pelas suas próprias mãos em relação a estes empecilhos sentimentais, eu não seria cronista nem escritora, mas antes lojista, feliz proprietária de um estabelecimento que venderia fórmulas mágicas que não existem no mundo real. A saber: comprimidos para a paciência, injecções de sensibilidade, drageias de bons modos, xarope de mimos e, last but not least, tratamento por ampolas para a indecisão. Nessa farmácia do entendimento, poderia também existir uma secção de estética com produtos como pomada anti-pêlos no nariz, cinto anti-barriga e cápsulas para erradicar os pêlos nas costas.
É claro que este mundo virtual com o qual as mulheres sonham, nunca pode existir num mesmo homem, daí que uma sábia amiga minha, casada há mais de 20 anos com um choninhas simpático e míope, me desabafou entre dois chás no Chiado que nunca se tinha separado porque os homens eram todos tão parecidos, que ela corria o risco de encontrar um pior do que o marido.
Ninguém é perfeito, nem por dentro nem por fora, mas caros amigos, há que ser razoável; com a instabilidade económica e a crise que se arrasta no país e na mentalidade lusa, um pouco de decisão e de firmeza ajudava a reconstruir esta sociedade desmembrada com 70% de divórcios a assolar o território. Os senhores da raça ‘Talvez’ deveriam ser sujeitos a pagar coimas cada vez que dão um passo em falso. Até parece que se puseram de acordo com este tempo de chuva ‘molha parvos’ que nos roubou a Primavera e o optimismo. Um homem que se preze, ou quer, ou não quer, e o resto é conversa. Adiar decisões amorosas é o mesmo que continuar a morar num andar alugado sem pagar a respectiva renda."

10 novembro 2007

André

Acordo, sábado de manhã. Muito sono. Muita molesa. Finalmente é fim de semana.
Não sei que horas são... não sei muito bem o que é que vou fazer.
Doi-me o estômago.
Ligo o computador. vou ao e-mail.
No subject diz: "um email inesperado".
Pensei em não abrir... pensei ser apenas mais um daqueles que reencaminhamos para a lista inteira de contactos.
Mas o nome André Lopes despertou curiosidade...
Já lá vão 9 anos (e não 10 como disseste)
Abri... era uma email pessoal. Uma carta. Li, com os olhos meio ensonados e fui automaticamente transportada para os tempos de escola. Uma música em anexo fez-me percorrer 9 anos para trás.
"Ouve primeiro, e antes de mais, a música que te mando"
Lembro-me como se fosse hoje. Andava eu pela escola inteira a mostrar a toda a gente a musica que tinha descoberto.
Faço o download a música em anexo... e continuo a ler...
As lágrimas escorrem-me. Não sei porquê. Talvez pela simplicidade das palavras, talvez pelo gesto sincero e inesperado. Talvez pelas verdades escondidas de alguém que não nos vê há 9 anos, mas que nos continua a conhecer por dentro e por fora.
"Perde o medo de viveres e arriscares naquilo que acreditas"
O André era corajoso, eléctrico, não parava um segundo. Era apaixonado por mim como, se calhar, poucos foram. E apaixonado pela vida. Era loiro e de olhos claros, inteligente como só ele. Barra em inglês e computadores. Foi ele que me ensinou o que era a internet e um dvd. hehe
Tinha vivido muitos anos em Macau e ostentava uma visão diferente do mundo. Sabia falar, e era emocionalmente muito completo.
Magoei muito o André nos poucos meses que fomos "namorados"
Era imatura.
E achava que tinha o mundo aos meus pés.
O andré deu-me tudo.
Eu não lhe dei nada.


André... claro que me lembro de ti. Vou sempre lembrar-me de ti.
És muito mais do que a memória de um livrinho preto (que ainda hoje leio)
E é como disseste...podemos estar longe, mas fazes parte da minha história.
Imagino-te uma rapaz cheio de sucesso e com a mesma alegria de viver.
E isso, hoje..aqui de pijama, em frente ao portátil, fez-me feliz!
Fica, sem dúvida, um café combinado. Algures entre Portugal e a China.
Foi bom "rever-te".
Obrigada

07 novembro 2007

Momentos "BABA E RANHO"

Deliciosamente...Este é um deles.

E perguntamos nós (mulheres): ONDE É QUE ANDAM OS HOMENS QUE FAZEM ESTE TIPO DE COISAS????

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JÁ NASCERAM?

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JÁ MORRERAM?

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Existem?!?

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Nota: Os bonitos...entenda-se. Que a exigência (no físico do moço) tem que ser ao nível da cena romãntica.

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AHHHH pois!! Agora aposto que é muito mais difícil a resposta à minha questão.

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beijos (bem dispostos)

04 novembro 2007

Borboletas no estômago


Borboletas no estômago.
Há um mês atrás sentia o bater das asinhas no meu estômago, quando estava contigo.
As borboletas só aparecem em momentos perfeitos.
(tu não acreditas em pessoas perfeitas, mas eu acredito em momentos perfeitos)
Elas desaparecem quando a perfeição (que afinal nunca existiu) se dissipa...
Elas estão connosco quando acreditamos.
E desaparecem quando já não há magia... nem esperança.
Quando o banal, o óbvio e o desinteresse, tomam o lugar do que poderia ser diferente,.. ou não.
Quando já não faz sentido.
Quando a vontade já não é superior à razão.
Quando o que sentimos já não basta, não chega, para ficar a investir.
As borboletas batem assim as asas e... vão-se embora.
Vão à procura de estômagos inquietos sem fome, alimentados apenas pela vontade de estar...de querer...acreditar.
E lá ficam a bater asinhas... e por aí adiante..
As borboletas mágicas.
Eu senti a magia.
Elas estiveram comigo.
Já se foram embora.
Já não tenho borboletas no estômago.

Que história tão linda que eu escrevi. Nem eu me comovi. O que é grave!

01 novembro 2007

Será que ninguém entende...




Que eu não percebo NADA DISTO???




(foi o que me apeteceu gritar na 4ªfeira no meu local de trabalho)